Sobre a tendência individualista



O homem tende a ficar só. Como diria George Clooney em Amor sem escalas, "quando eu era pequeno, eu e meus pais fomos deixar meus avós numa casa de repouso; há alguns anos, eu fui deixar meus pais em uma também". E esse filme me propõe um estilo de vida tentador. Claro que é uma obra de ficção, mas das três vezes que assisti a ele fiquei pensando em como é bom ficar sozinho.

Não, eu não sou autossuficiente, eu preciso das pessoas, claro, todos nós precisamos. Mas quando os relacionamentos ultrapassam o limite da individualidade, viram um problema, que advém da responsabilidade, dos deveres que as relações interpessoais nos impõem, da dependência que criamos em relação às pessoas que nos rodeiam e da incapacidade que temos de, por alguns momentos que sejam, nos bastarmos. Claro que podemos. Nós somos fortes sozinhos.

Além do Amor sem escalas, os Engenheiros do Hawaii me confirmam todos os dias que "todo mundo é uma ilha", que "se você soubesse o quanto eu preciso da solidão", que "eu me sinto um estrangeiro, passageiro de algum trem que não passa por aqui", que "somos um exército de um homem só"...

A gente morre só... é fato! E eu prefiro me acostumar com isso de agora.

P.S.: o tom trágico não foi intencional.

2 comentários:

  1. Gostei da intimidade que você permitiu em seu texto com seus leitores.O texto é lírico e para tanto se coloca sob o olhar do possivel "estranho".

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  2. Cara, concordo, em parte. Acho que o personagem do George Clooney tem o melhor momento dele quando pensa que tem algo com aquela moça cujo nome não me lembro.
    E, se não me engano, ele diz uma coisa muito bacana sobre tomar decisões melhor quando com a pessoa adequada.
    Mas de fato é importante não esquecermos que morremos sozinhos. O percurso até lá não precisa ser feito dessa forma...

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